No dia 27 de julho,
No dia 27 de julho,
A criação de uma política pública voltada à Cultura em Rio Branco (AC) começou em 2005, com o I Fórum Municipal de Cultura, proposto pela FGB (Fundação Municipal de Cultura Garibaldi Brasil). A idéia era traçar um diagnóstico da situação dos setores ligados à cultura no município e fazer um levantamento dos principais problemas estruturais e sociais enfrentados e relacionar suas principais expectativas em curto, médio e longo prazo.
A capital do Acre contava apenas com a Lei Municipal de Incentivo à Cultura, criada em 1993 e alterada em 1999. Em 2006, o trabalho ficou pela coleta de referências bibliográficas e estudos sobre as políticas culturais propostas pelo Governo Federal, bem como sobre experiências de outros estados e municípios brasileiros.
A partir destes estudos, a FGB montou um documento que propunha a criação de quatro novos instrumentos de gestão: Conselho Municipal de Políticas Culturais, Fundo Municipal de Cultura, Cadastro Cultural de Rio Branco e Lei Municipal de Patrimônio Cultural. O documento foi levado, em primeira mão, para o Concultura (Conselho Estadual de Cultura) e para a Fundação Estadual de Cultura. Ambos firmaram parceria para trabalhar na criação da lei.
O público foi o primeiro a ter contato com o projeto. Por meio do site da prefeitura e do blog de cultura, o documento pôde ser analisado pelos interessados. De acordo com dados da prefeitura, foram realizados cerca de 300 downloads. Depois de três meses de análise, o município conseguiu, enfim, a alteração da lei.
O documento foi, então, encaminhado ao PROJURI (Procuradoria Jurídica do município), que aconselhou o desmembramento da nova lei. No fim do processo, dois projetos de lei foram apresentados e aprovados pela Câmara dos Vereadores: a lei 1.676/2007, que institui o Sistema Municipal de Cultura de Rio Branco, e a lei 1.677, a Lei Municipal de Patrimônio Cultural, ambas de 20 de dezembro de 2007, aprovadas, sem alteração, pela Câmara Municipal de Vereadores.
Lei de Incentivo à Cultura
Há uma orientação do Conselho Municipal de Políticas Culturais para revisão desta lei, uma das deliberações da I Conferência Municipal de Cultura, realizada em 2007. Na ocasião, foi formada uma Comissão de Revisão, verificando-se, mais tarde, a ausência de condições, naquele momento, de empreender tal ação. "Inclusive das Artes Cênicas, no sentido de termos mecanismos de financiamento mais adequados à realidade local e mais significativos para os produtores culturais locais", informa Flavia Bularqui, responsável pelo setor de Informação.
No que se refere aos mecanismos de financiamento, a Lei Municipal de Incentivo à Cultura disponibilizou, em 2008, a quantia de R$ 566.678,74, concedendo recursos a 80 projetos culturais. A inovação do SMC foi o funcionamento do FMC (Fundo Municipal de Cultura). Ainda em 2008, o FMC trabalhou com a importância de R$ 300.000, distribuídos em quatro editais, três deles temáticos: Edital 1: Formação; Edital 2: Produção e Circulação; Edital 3: Intercâmbio. O último se encontra aberto até o dia 17 de outubro, unificado, ou seja, contemplando diversas naturezas de projetos.
De acordo com Flavia Bularqui e Eurilinda Figueredo, chefe do departamento de Articulação, "a lei não atende com eficiência, já que contamos com poucos recursos disponíveis para o financiamento de projetos. Em 2009, por exemplo, foram R$ 780.000 para atender projetos nas áreas de arte (incluindo as artes cênicas), esporte e patrimônio cultural". Ela acrescenta: "Em 2009, tivemos 13 projetos de Artes Cênicas apresentados e, desses, somente seis foram aprovados".
Projeto, que recebeu mais de 900 comentários, será enviado para análise no Congresso Nacional mesmo suscitando polêmicas na classe