A partir de 12 de junho, reestreia no Teatro Municipal de Niterói, para uma curta temporada, a mais nova montagem do clássico de Schiller "Maria Stuart", com Julia Lemmertz no papel-título e Ligia Cortez como a Rainha Elizabeth, sob a direção de Antonio Gilberto, também idealizador do projeto ao lado de Julia Lemmertz. A tradução utilizada é a de Manuel Bandeira, e completam o elenco Mário Borges, André Correa, Henrique Cesar, Clemente Viscaino, Amélia Bittencourt, Renato Linhares, Maurício Souza Lima, Silvio Kaviski, Thiago Hausen, Maurício Silveira e Ednei Giovenazzi, em participação especial.

 

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A peça fala do histórico conflito entre as rainhas, primas e rivais Elizabeth, da Inglaterra, e Mary Stuart, da Escócia. A motivação do diretor Antonio Gilberto para trazer ao público brasileiro deste início de século XXI a tragédia de Schiller escrita em 1800 é sua atualidade: "Por falar de sentimentos e conflitos tão comuns a nós seres humanos, essa obra de Schiller é um clássico. Por ser um clássico será sempre oportuna e interessante uma nova montagem de Maria Stuart", afirma o diretor.
A encenação de Antonio Gilberto concentra seu foco na relação humana dessas duas rainhas e dos personagens que giram em torno das mesmas. A montagem não pretende julgar essa "luta" entre essas duas mulheres, mas sim apresentar os conflitos que fizeram parte da relação das duas e que culminaram com a morte de Mary Stuart. Construído a partir da história real destas rainhas, o texto de Schiller promove o - jamais ocorrido de fato - encontro entre as duas.
Elas governam a mesma ilha, personificando caráter e ideias de feminilidade opostos, e representando monarquias estabelecidas por poderes considerados divinos. Maria Stuart (Julia Lemmertz), rainha católica de Escócia, e Elizabeth (Ligia Cortez), rainha protestante de Inglaterra, são protagonistas de um drama que envolve sexo, poder, ambição, intriga política e uma rivalidade só resolvida com a morte.
Como rainhas regentes, enfrentaram o preconceito de um mundo dominado pelos homens, foram deploradas por sua feminilidade, comparadas uma à outra e cortejadas pelo mesmo homem. Em toda sua vida, Elizabeth revestiu-se de coragem para provar ao mundo que tinha coração e a mente de um homem, tão consciente era da convencional inferioridade de ser apenas uma mulher. Mesmo agindo assim, tendo na sua masculinidade a sua força, possuía todas as paixões de uma mulher e as expressava através da manifestação de seu amor pelos seus favoritos e pela ternura por seu povo. Já Maria era vista como imprudente, emocional e suscetível a colapsos nervosos. De temperamentos diferentes, essas rainhas se igualavam no vigor de suas ambições.

Qual o verdadeiro valor de uma amizade? Saudade é sinônimo de melancolia? Com base nesses preceitos Fábio Rhoden, Guilherme Gonzalez e Gustavo Haddad estreiam no dia 11 de junho, sob a direção e autoria de João Fábio Cabral, o espetáculo "Tanto".
Próximo ao fim do ano, três homens verbalizam e vivenciam suas inquietudes e angústias através de histórias que se cruzam e criam entre si um princípio unificador: o amor. Um escritor recém-separado, um enfermeiro que cura suas fraquezas através da bebida e por sua adoração por Elis Regina e um jovem recém-chegado à cidade cheio de sonhos constroem a narrativa de "Tanto". Três homens, três vidas, a mesma história.

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Num pequeno cenário que pode representar os vizinhos ao lado de cada um de nós, esses três homens questionam o quão dilacerada pode ser a imagem de alguém que se percebe cheio de saudade, de amor e de desejo próximo ao fim de ano. Uma época em que a maioria das pessoas costuma colocar suas vidas em xeque.
Um livro de Caio Fernando Abreu como presente serve como fio condutor para o despertar de uma paixão. As diferenças individuais entre amigos reforçam como a amizade pode ter o valor de um amor incondicional.

O CNAC (Centre National des Arts du Cirque) chega a São Paulo com seu mais recente espetáculo, 20e / Première. Em temporada de apenas cinco apresentações no Memorial da América Latina, a partir de 5 de junho, o grupo apresenta ao público paulista o novo teatro francês, caracterizado pela mistura de gêneros, como teatro, cinema, dança e artes circenses. Com elenco de 12 artistas, a direção é assinada por Georges Lavaudant, ex-diretor do Teatro de Odéon - Teatro da Europa.
O CNAC é uma das principais escolas superiores de circo da Europa. Ao final de um período de formação de 3 anos, os alunos criam um espetáculo de conclusão de curso, já com a meta de inserção no mercado profissional. A academia vem ao Brasil, com a apresentação de seu mais novo espetáculo, 20e / Première. O CNAC cumprirá curta temporada, entre os dias 5 e 10 de junho, no Memorial da América Latina.
Para dirigir o espetáculo de promoção das turmas, tradicionalmente é convidado um diretor ou coreógrafo de grande relevância para a cena nacional. Para a concepção de 20e / Première foi chamado Georges Lavaudant, renomado diretor de teatro, responsável pela direção do Théâtre de l'Odéon - Théâtre de l'Europe entre 1996 e 2007. Pelo desejo de conferir à coreografia um importante papel no espetáculo, Lavaudant convidou Jean-Claude Gallotta, importante nome da dança contemporânea na França, para assinar a coreografia de 20e / Première.

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Workshops
O CNAC oferece workshops gratuitos nos dias 12 e 13 de junho, sexta e sábado, para 50 arte-educadores do Fábrica de Cultura, - Programa Cultura e Cidadania para a Inclusão Social (PCCIS) que realiza ações artístico-culturais destinadas a crianças e jovens, entre 7 e 19 anos, moradores em nove distritos com baixos indicadores sociais da Capital.
Os workshops, também gratuitos, abertos ao público em geral acontecerão nos 2, 3 e 11 de junho, das 10h às 13 horas, no Tendal da Lapa. Destinado para alunos de escolas profissionalizantes ou profissionais com no mínimo um ano de experiência. As inscrições podem ser feitas pelo telefone (11) 3862-1837, ou pessoalmente no Tendal da Lapa.

Depois de anos ensaiando o reerguimento teatral do Ceará, 12 grupos de teatro da região se uniram e criaram a Cooperativa Cearense de Teatro. A principal justificativa para a iniciativa é a longa inércia produtiva e de desenvolvimento que a classe vem encontrando. Estão à frente do movimento Herê Aquino (Grupo Expressões Humanas), Nelson Albuquerque (Pavilhão da Magnólia), Gyl Giffony (Grupo 3 X 4), Thiago Arrais (Independente), Rogério Mesquita (Grupo Bagaceira), Siomar Ziegler (Cia do Batente), Edson Cândido (Grupo Imagens), Joel Monteiro (Teatro Máquina), Almeida Júnior (Cia. Teatral Acontece) e Maninho (Grupo Garajal).
Dentre os principais objetivos da parceria estão a abertura de um maior espaço dialógico e propositivo de ações e políticas voltadas ao teatro a partir de um maior contato com as entidades públicas e privadas, a criação de possibilidades de uma ingerência mais direta dos artistas e grupos sobre o seu fazer, a compreensão e exploração das inúmeras possibilidades que o mercado oferece aos artistas e técnicos teatrais, a qualificação da mão-de-obra e da produção local, o incentivo e promoção, juntamente com órgãos públicos e privados, de um intercâmbio cultural entre seus associados e grupos ou entidades de outra localidade através de cursos, oficinas, palestras, debates, festivais e mostras de teatro, em sua área de ação ou em lugares onde haja interesse pela produção teatral cooperativada.
O movimento de recuperação do teatro cearense teve início no final de 2004, durante a Mostra SESC Cariri de Teatro. Na ocasião, vários grupos, insatisfeitos com o panorama artístico cearense, se juntaram e criaram o Conte: Conexão Nordeste de Teatro que, nos anos seguintes, atuou na formação, circulação, intercâmbio e fortalecimento da linguagem teatral local. A Cooperativa Cearense de Teatro se tornou, por conseguinte, uma ideia derivada e aperfeiçoada do Conte e é agora a principal esperança da mudança que se aguarda há anos do cenário teatral do Ceará.

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