Um projeto coordenado pela organização não governamental Escola de Gente e criado por alunos de Artes Cênicas da Universidade  Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) está levando a todo o país reflexões sobre a necessidade de inclusão social nos ambientes de trabalho e escola. Com esse objetivo, o grupo teatral Os Inclusos e os Sisos da Unirio faz em turnê nacional com a  peça Ninguém mais Vai Ser Bonzinho, que tem supervisão do dramaturgo Bosco Brasil.
O grupo leva reflexão para todos os espaços por onde passa e mobiliza as pessoas, no sentido de transformarem   a cultura em um meio mais acessível para todos, relatou Danielle Basto, a representante da Escola de Gente na Rede Latino-americana de Arte para a Transformação Social (Avina). "Mostramos para o público que existem formas de garantir a participação de todas as pessoas em um espetáculo teatral. Esse é um tipo de influência direta."
A ONG garante o acesso para que mesmo as pessoas portadoras de deficiências também assistam ao espetáculo teatral. As apresentações contam com  versões impressa, em braille (linguagem para deficientes visuais) e em meio digital, além de tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras), legenda eletrônica e audiodescrição. A entrada é franca em todos os espetáculos.
Depois de passar pelo Festival Internacional de Londrina, o grupo retorna ao Rio de Janeiro, onde fará apresentações no Teatro Mário Lago, na Vila Kennedy; no Sesc de Niterói, no Instituto Benjamin Constant e na Escola de Samba Acadêmicos da Rocinha, a partir do dia 17.

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O espetáculo estreia no Teatro Augusta, em São Paulo, no dia 04 de julho e reúne os atores Walter Portela e Lílian Blanc. A direção é de Flávio Faustinoni e o texto de Clóvis Torres.
A história apresenta um casal de idosos que se prepara para curtir mais uma festa de casamento para a qual não foram convidados. Não encontram as chaves, enquanto a procuram pela casa, brincam de Marlene Dietrich e Clark Gablo, numa lúdica homenagem ao cinema e ao casamento e, aos poucos e com a graça de dois clowns, se revelam poeticamente humanos e falíveis com histórias comuns à de qualquer outra vida. Para o autor, a peça nasce "de uma forma poética, divertida, triste e alegre: sublime!", conta.

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Está previsto para o início de julho a estreia do espetáculo "Simplesmente Eu. Clarice Lispector", um monólogo conduzido por Beth Goulart. A atriz revelou que a motivação para o espetáculo foi "o mistério do espelho, a identificação que sinto por ela. A vontade de trazer mais luz sobre esta mulher que revolucionou a literatura brasileira, redimensionou a linguagem falando do indizível com a delicadeza da música, usando a escrita como uma revelação, buscando o som do silêncio ou fotografar o perfume".
O processo de criação iniciou há dois anos, com uma pesquisa para escrever o roteiro lendo tudo o que havia sobre a obra e os livros biográficos. Além disso, a atriz fez dois workshops com Daisy Justus, psicanalista especializada em Clarice Lispector, que analisa sua obra sob a ótica da psicanálise. "Clarice é muito pessoal em seus escritos e todos os seus personagens tem algo de si mesma. Acho que Joana de "Perto do coração selvagem" talvez seja a mais parecida com sua essência criativa e indomável. Ana do conto "Amor" é a dona de casa e mãe dedicada que Clarice certamente foi. Lori de "Uma Aprendizagem ou livro dos prazeres" vive em cena as descobertas do amor e A Mulher do conto "Perdoando Deus" é uma bem humorada autocrítica", revela. As fotos de divulgação confirmam as palavras da atriz: a semelhança tornou-se também física.

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A crianças Débora Leal Santos de Carvalho, de 11 anos; Geisa Bomfim Menezes, 10; Pâmela dos Santos Silva, 11; e Yasmin Ribas Ferreira, 11, foram selecionadas para a seletiva nacional da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, em Joinville/SC. Todas as garotas estudam na Cidade do Saber, na cidade de Camaçari/BA e vão concorrer, dias 17 e 18 de outubro, a uma das 40 bolsas de estudos cedidas pela Escola.

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