Por Rubens Barizon
Do Jornal de Teatro
Ontem, dia 19, na premiação Shell de teatro do Rio de Janeiro, Maurício Arruda de Mendonça e Paulo de Moraes levaram a escultura de melhor autor, com o texto da peça teatral “A Marca da Água” à princípio difícil de compreender, mas cativou os jurados e agenda lotada até o fim do ano.
Com um jogo psicológico intenso, “a história de “A Marca da Água” tem um texto que parte de uma complexidade e fala de um trauma neurológico, mas ele conseguiu uma comunicação bacana, uma fluidez encontrando a harmonia entre o texto e a plateia, mesmo partindo de uma temática complexa, sendo um mérito de toda a companhia Armazém de Teatro”, explicou Paulo de Moraes.
A história envolve uma mulher, com seus traumas, que encontra um peixe no quintal de casa e a partir disso, uma sequência de acontecimentos desdobram-se dentro da realidade psicológica da narrativa dramatúrgica, com o caráter de encenação cuidadosamente transmitida à plateia pelo elenco.
Sobre o destino da peça, o autor pontua que “o espetáculo está em cartaz em São Paulo, vai para o Festival de Curitiba e de lá segue para Montevideo. “A Marca da Água” volta ao Brasil com apresentações na capital mineira (BH), em Porto Alegre e em agosto vai para o renomado Festival de Edimburgo na Escócia. No final do ano, a peça aterrissa de volta no Rio de Janeiro para uma nova temporada, um caminho longo”, comentou o Paulo.
Sobre o prêmio e a sobreposição do texto vencedor aos demais, o autor Paulo de Moraes analisa: “O Rio de Janeiro conta com uma dramaturgia contundente e com formas diferentes de contar uma história. A gente tem uma forma peculiar de fazer história. E eu gosto muito dos jeitos que estão sendo desenvolvidos aqui no Rio. Foi uma honra estar indicado ao lado dessas pessoas tão talentosas”.
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