VIII edição do Visões Urbanas – Festival de Dança em Paisagens Urbanas será realizada em São Paulo, entre os dias 22 e 31 de março, na Pinacoteca, no MIS, no parque Mario Covas (Av. Paulista) e no Pateo do Collegio. A programação é gratuita.
Entre os destaques estão o espetáculo belga Rosas Negras (Swarta Rosor), com a bailarina Yentl de Werdt, a cantora lírica Mieke Segers e a performance inspirada em movimentos de protesto, como o Occupy Wall Street, da americana Maida Withers. Além delas, se apresentam grupos do Brasil, Cuba, Espanha, Itália e Portugal. Este ano,13 grupos de dança e bailarinos fazem 30 apresentações, contra 17 do ano passado.
Dono de quase cem coreografias, para várias companhias, entre elas o Balé da Cidade de São Paulo, Luis Arrieta, portenho com 40 anos de dança, 38 deles no Brasil, ganhador em 2012 dos prêmios da APCA e Governador do Estado é um dos participantes. “A proposta do Visões Urbanas em usar o espaço público como palco (apesar de eu ter feito performances em vários lugares alternativos aqui e no exterior) é uma oportunidade para mais uma vez sair da caixa preta do teatro e renovar a experiência da apresentação”, diz o bailarino.
Além dos espetáculos e da programação paralela em São Paulo, com a instalação MultipliCidades feita de origami pela artista plástica Alzira Cathony e uma exposição fotográfica, e Mostra de Videodança, no MIS, o evento contempla apresentações de quatro grupos em Embu-Guaçu, 48 km da Capital.
Criado em 2006, em São Paulo, pela coreógrafa e socióloga Mirtes Calheiros e pelo bailarino e produtor Ederson Lopes, o Visões Urbanas faz parte da rede internacional CQD - Cidades que Dançam, que surgiu em Barcelona em 1992 (informações: www.cqd.info). Ela reúne festivais que integram a dança à paisagem urbana em 34 cidades de 18 países da América Latina e Europa.
No Brasil, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e São Paulo estão entre as cidades pertencentes ao movimento e que realizam festivais independentes, onde os espetáculos são criados para a rua e usam a cidade como tema e/ou palco.
O espaço urbano é o ponto de partida para a criação de coreografias integradas à arquitetura ou à natureza (no caso de parques). “O resultado desta edição mostra a importância da continuidade da pesquisa na área e coincide com o momento que a cidade atravessa: depois dos parques, os museus abrem as portas para a dança”, fala a coordenadora artística do festival, Mirtes Calheiros, que desde 1999 faz coreografias para palcos nada convencionais com a sua companhia Artesãos do Corpo.
No VIII Visões Urbanas, mais grupos de São Paulo se apresentam. "A ideia é valorizar os artistas e grupos paulistanos e dar maior visibilidade para a produção realizada aqui", diz Ederson Lopes, que divide a coordenação artística do festival com Mirtes.
Confira a programação no site www.visoesurbanas.com.br