Jussara Miller usa textos de Adélia Prado em coreografia



“Cá Entre Nós” é um espetáculo solo da bailarina e coreógrafa Jussara Miller que aborda, a partir da obra da escritora Adélia Prado, a maneira em que a autora transforma o lado sentimental em palavras, temas que fazem parte das memórias do ciclo da vida: infância, maturidade, velhice e morte. Projeto realizado com o apoio do governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura – Programa de Ação Cultural (PROAC) – 2012, o espetáculo fica em cartaz no palco da Galeria Olido entre os dias 18 e 21 de abril.

O espetáculo tenta tatuar poesia na pele, memórias do corpo, reveladas aos poucos pelo fluxo do tempo, dos movimentos, das falas e de todas as ações cênicas que acontecem como experiências compartilhadas no universo “Cá Entre Nós” de cada um.

Concepção cênica



A cenografia, criada pelo diretor Norberto Presta faz um diálogo direto com as fotografias de Christian Laszlo projetadas no espaço cênico com a luz que pincela a coreografia. Portanto, a dramaturgia do espetáculo, também assinada por Presta, se preocupa em ressaltar o caráter das imagens construídas em cena, com os estados gerados pela obra de Adélia Prado.

Jussara Miller é bailarina, coreógrafa e Prof. Dra. do Salão do Movimento, em Campinas-SP. É autora dos livros: "Qual é o corpo que dança? Dança e Educação Somática para adultos e crianças" (Summus, 2012) e "A Escuta do Corpo: sistematização da técnica Klauss Vianna" (Summus, 2ª ed, 2007).

Adélia Luzia Prado Freitas, escritora e poeta natural de Minas Gerais, nascida em 1935, produz textos que retratam o cotidiano com encanto, motivados pela fé cristã e um aspecto lúdico, características de seu estilo. Professora por formação, exerceu o magistério por 24 anos, até a carreira de escritora tornar-se atividade central.

“Cá Entre Nós” entrará em cartaz na Galeria Olido em São Paulo, com entrada franca e apresentações quinta, sexta e sábado às 20h e domingo às 19h, iniciando no dia 18 e ficando até o dia 21 de abril.

Texto oficial adaptado por Rubens Barizon
Do Jornal de Teatro

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