Ergam as taças, Dionísio serve ao teatro

O Jornal de Teatro está em clima de comemoração. No dia 27 de março é comemorado o dia Internacional do Teatro, pensando nisso, o JT selecionou entrevistados especiais que fazem parte do universo teatral. Por detrás das cortinas apresentamos o produtor de áudio Leo Rocha. 

Leo Rocha é técnico de som artístico e passou por algumas boas etapas da produção de bastidor.  Ele tem habilidade sobre grandes palcos e conta sobre suas experiências como responsável de áudio nas artes cênicas. 

Para esclarecer as experiências do convidado, apresento-lhes um pouco da trajetória do profissional, Leo Rocha. Esteve na grande produção musical “Cats”, na “Casa dos Budas Ditosos”, em “Cócegas” e no “Alabê de Jerusalém”, uma construção musical em modelo de ópera, que consegue unir todas as influências populares e eruditas do exercício com a música de Altay Veloso. 

Atualmente Leo toca a sua própria empresa, a 01 Touring & Engineering Inc, mas até chegar até a sua própria gerência, ele passou por algumas boas. Iniciou sua trajetória na segunda metade dos anos 90, no Garage, fechando bandas, eventos, indo em gráficas para imprimir cartazes para o bar rock na Praça da Bandeira, zona underground do Rio de Janeiro.  Em seguida foi trabalhar na antiga Ballroom do Humaitá, e de lá seguiu para o Citybank Hall na Barra da Tijuca, onde teve contato com o ‘Mainstream’.  

Leo Rocha contou sobre um episódio inusitado da sua carreira: “Foi numa oportunidade trabalhando com a Gabisom, uma das maiores empresas de áudio do mundo, durante uma apresentação da Deborah Colker, que tinha uma passagem artística marcada pelo som de umas estrelinhas, que na ocasião não funcionou, gerando um grande estresse.  Mas, logo a equipe conversou com a bailarina e resolveu o problema, amenizando a situação, antes da resolução ficou tensa a situação”, lembrou Leo. 

Falado sobre estrutura dos espaços culturais públicos, o técnico comentou sobre a falta de estrutura que os teatros e lonas culturais sofrem. “Antigamente os espaços tinham equipamentos próprios, hoje as produtoras precisam levar todo seu material, porque não há material para produzir”. A observação serve para constatar a falência do segmento popular de movimento cultural. Uma contra argumentação a se analisar antes da reabertura dos teatros cariocas. Porém, de fato que as atividades devem seguir para fomentar a formação de uma nova plateia e continuar renovando o contingente artístico.

A mensagem deixada pelo entrevistado Leo Rocha para o dia do teatro: “desempenhar a atividade em forma de trabalho, mas com amor. Aí sim, o reconhecimento chega e transforma a vida”.

Por Rubens Barizon
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