Grupo Santander é um dos principais patrocinadores da cultura brasileira

Por Pablo Ribera

O Grupo Santander Brasil foi, em 2008, o banco mais lembrado como patrocinador de teatro, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha. Voltada ao apoio às artes brasileiras, há quase dez anos, a empresa criou, para tomar conta dessa parte cultural, o Santander Cultural, que, em São Paulo, é baseado no Edifício Altino Arantes - Torre Banespa, no centro da capital paulista.
Entre as peças teatrais que receberam apoio da instituição estão "Virgolino e Maria - Auto de Angico", com Adriana Esteves e Marcos Palmeira; "Toc Toc", com Márcia Cabrita e Flávia Garrafa; e "Doce Deleite", com Camila Morgado e Reynaldo Gianecchini.  Juntas, as apresentações já foram vistas por mais de 56 mil pessoas.
    "O Grupo Santander Brasil, que reúne os Bancos Santander e Real, conta, hoje, com o Santander Cultural, com unidades em Porto Alegre e em São Paulo, além do Instituto Cultural Banco Real, no Recife. Atualmente, o grupo desenha a nova política para investimento cultural da nova organização que está se formando, sempre levando em consideração a relevância social e educativa dos projetos", disse Renata Zaccarelli, superintendente de relações institucionais do Santander Brasil.
O grupo também criou projetos de incetivo para jovens frequentarem os teatros. Um deles é o Teatro nas Universidades. O programa começou em 2005, idealizado pelos atores Nicette Bruno e Paulo Goulart, e conta com o patrocínio do banco desde o início. O programa visa levar o  teatro às universidades gratuitamente, com peças apresentadas às segundas e terças-feiras. Após cada encenação, acontece um debate, através do qual o público interage com os atores. "Este projeto foi selecionado por ser de relevância para universitários", disse Renata.
O apoio às artes não é apenas direcionado aos palcos. Nas exposições, além de contar com grandes nomes, como a artista espanhola Cristina Iglesias, o Santander apostou em novos talentos, que tiveram os trabalhos exibidos no saguão do Santander Cultural, em São Paulo.
A sétima arte também conta com o apoio da instituição, que investiu nos longas-metragens "Plastic City" (selecionado para o Festival de Veneza); "Feliz Natal", dirigido por Selton Mello, "Familia Vende Tudo" com Luana Piovanni, e "O Signo da Cidade", estrelado por Bruna Lombardi e Malvino Salvador, com direção de Carlos Riccelli, além da II Jornada Brasileira de Cinema Silencioso, que exibiu 29 filmes do início do século XX.
"Estamos desenhando a política para investimento cultural da nova organização que está se formando, sempre levando em consideração a relevância social e educativa dos projetos", disse Renata.

Santander Cultural do RS
Além dos patrocínios, o grupo Santander Brasil conta com o Santander Cultural, instituição fundada em 2001, que visa a integração e a difusão dos conteúdos artístico-culturais. Empenhado na inserção dos diversos segmentos sociais, o Santander Cultural atua por meio de parcerias com áreas de produção cultural brasileira e internacional.
A instituição apresentou, ao longo de oito anos, mostras de artes visuais, exibições de filmes, festivais, seminários e cursos, além de centenas de shows musicais. Foram 28 mil atividades, aliadas a mais de mil modelos de parcerias e um público de cerca de três milhões de pessoas.
O Santander Cultural está instalado em um prédio histórico, na Praça da Alfândega, em Porto Alegre (RS). A construção, em estilo neoclássico, de 5.600 m², datada de 1932, foi eleita, em 2008, o patrimônio arquitetônico mais significativo de Porto Alegre.
A estratégia bem-sucedida de gestão associativa do Santander Cultural - de formar alianças com diversos segmentos da sociedade e exercer o papel de uma instituição do terceiro setor como agente de integração e desenvolvimento social - foi reconhecida pelo Prêmio Top Marketing 2007 na categoria Segmento de Mercado/Cultura, no Rio Grande do Sul, além de outras premiações.

Instituto Cultural Banco Real
Instalado em um prédio considerado uma das relíquias do patrimônio arquitetônico do centro histórico de Recife (PE), em 2006, o Instituto Cultural Banco Real passou por ampla reforma interna e teve sua área externa recuperada. O Instituto mantém exposições regulares e eventos culturais, além de biblioteca com acesso à internet e mais de 2,2 mil livros sobre artes visuais, fotografia e arquitetura. Também possui um Espaço Educativo, para atender estudantes e escolas. O Instituto Cultural Banco Real localiza-se na avenida Rio Branco, 23.

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