Balé Folclórico da Bahia valoriza artistas locais

Por Carla Costa

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A Bahia tem respaldo e destaque mundial no meio artístico. Um dos fatores que comprova isto é o fato do estado ser o único do País a ter uma companhia de dança folclórica profissional de representatividade, com turnês nacionais e internacionais. O BFB (Balé Folclórico da Bahia) se destaca pelos prêmios conquistados e nas respostas que recebe do seu público e crítica especializada, desde a sua criação, em 1988.

Atualmente, 38 integrantes, entre dançarinos, músicos e cantores, compõem o quadro do BFB. Devido ao respeito conquistado e ao nível técnico, o grupo vem chamando a atenção dos mais exigentes profissionais e críticos da área de dança do mundo.

Para o fundador e diretor-geral do BFB, Walson Botelho, o grupo deve seu sucesso ao fato do baiano ser versátil, ter olho diferente e conseguir praticar todos os tipos de dança com grande facilidade, ritmo e descontração.

Mas, Botelho revela que apesar de todo este potencial o BFB, desde a sua criação, nunca teve patrocínio e conta apenas com o apoio da Secretaria de Cultura e do Estado para se manter. "Essa falta de incentivo impede a possibilidade da criação de novas coreografias e também na produção de figurinos", explica Botelho.

De acordo com a diretora da primeira escola de balé clássico da Bahia, a Ebateca, Ana Cristina Gonçalves, a falta de incentivo dificulta que os bailarinos baianos façam carreira no seu próprio Estado. Devido a isso, bons bailarinos se mudam para o sul e para fora do país em busca de uma carreira promissora.

"Nós já tivemos e temos ótimos bailarinos, porém essa falta de investimento na arte nos faz perder grandes talentos que são muitos valorizados lá fora, mas apesar disso, todos os meus bailarinos tem orgulho de representar a Bahia. Nós mostramos que não vivemos em ritmo de malemolência, mas muito pelo contrário, temos infinitas competências", diz Ana Cristina.

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