Festival de Dança de Joinville investe na troca de experiências

Por Adoniran Peres

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Não é exagero se afirmar que a 27ª edição do Festival de Dança de Joinville promete ser um sucesso, com muitas atrações de (rara) beleza e qualidade. Afinal, entre os dias 15 e 25 de julho, cinco mil participantes, entre bailarinos, coreógrafos, professores e pesquisadores da dança colocarão a cidade catarinense sob os holofotes do mundo da arte. Se, anteriormente, a mostra competitiva era a parte mais evidente do evento, hoje tudo é importante e cada atração ganha a sua projeção.

A programação didática/pedagógica, por exemplo, é uma das apostas dos organizadores que, a cada ano, atrai milhares de estudantes e profissionais da dança que vêem nos cursos e oficinas, workshops coreográficos e seminários de dança oportunidades ímpares de se aperfeiçoarem. Cerca de 2.800 vagas são oferecidas para a reflexão e aprimoramento, um aumento de 39% em relação ao ano passado. Apenas nos cursos e oficinas são 2.040 vagas, em 59 turmas de 44 cursos, que englobam de balé clássico ao jazz contemporâneo, sapateado e dança de rua.
Voltado ao meio acadêmico (universitários, mestre e doutores em dança), os seminários chegam à terceira edição e provocam uma reflexão sobre o tema Dança e educação - como o dançarino aprende, com quem aprende e onde ensina. Com o título Algumas perguntas sobre dança e educação, as conferências e exercícios contarão com 17 profissionais convidados - todos pesquisadores renomados na área - que abordarão questões instigantes e polêmicas como Artes-educações: as abordagens são mesmo plurais?, Quem pode mesmo ensinar balé?, Grandes mestres - podemos duvidar deles? e Onde se produz o artista de dança?, Centros de formação - o que há para além das academias?, entre outros.

Ainda nesta 21ª edição, os seminários ganham um dia a mais e serão realizados de 22 a 25 de julho. As palestras serão realizadas nos três primeiros dias do evento. No quarto dia o espaço se abre para a prática, com a apresentação de estudos produzidos nas universidades. Ao todo, 500 vagas foram abertas para os interessados. Durante o evento, também será lançado o livro Seminários de Dança 2 - O que quer e o que pode a técnica, resultados das discussões desenvolvidas em 2008.

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Encontro das Ruas

Além das apresentações e mostras de danças, que já são referências consagradas mundialmente, outra aposta é o Encontro das Ruas. Voltado para a cultura urbana, a atração chega à quarta edição repleta de inovações. Neste ano, abre espaço para novas linguagens e estilos, amplia a Mostra de Grafite, ganha uma comissão técnica composta por expoentes da cultura hip hop no País e no mundo e avança na organização das tradicionais batalhas de MCs FreeStyle, Popping, Locking e Hip Hop FreeStyle, com a inclusão de um novo estilo, o House Dance. A seleção dos participantes também mudou: os candidatos se inscreveram no processo seletivo postando vídeos com suas performances no YouTube.

Programação

A programação oficial traz, ainda, a tradicional noite de abertura que contará, no dia 15 de julho, no Centreventos Cau Hansen, com a energia da companhia francesa S'poart e da companhia brasileira Discípulos do Ritmo. Em 11 dias, o Festival terá, ainda, Noite de Gala e dos Campeões à Mostra Competitiva, as apresentações do Meia Ponta ou Palcos Abertos, além da Feira da Sapatilha, a maior do setor no Brasil, que apresenta produtos, artigos e acessórios de dança e reúne mais de 70 expositores. Mais informações em www.festivaldedanca.com.br.

 

Principais atrações:

Noites especiais de Abertura,
de Gala e dos Campeões

Mostra Contemporânea de Dança

Mostra Competitiva - balé clássico,
clássico de repertório, dança
contemporânea, danças populares,
jazz, sapateado e dança de rua

Meia Ponta - apresentações infantis

Feira da Sapatilha

Palcos Abertos - apresentações gratuitas em centros comerciais, praças, fábricas e na Feira da Sapatilha

Cursos e oficinas

Seminários de dança

Workshops coreográficos

Encontro das Ruas

Rua da Dança

Visitando os Bastidores