Tradição e modernidade coreana



Felipe Sil / Jornal de Teatro

Um espetáculo único. A impactante tradição secular da dança coreana encanta há séculos os amantes da arte. Agora, a mais importante companhia da Coréia do Sul, o Balé Nacional da Coreia, chega ao Brasil para apresentar, em três cidades (Rio, Brasília e São Paulo), a união entre o passado e o contemporâneo. O espetáculo é dividido em 10 partes e mostra o melhor do repertório tradicional do país. Chamado “Fantasia Coreana” (Janggochum), o show faz parte da celebração do 50º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre o Brasil e a república asiática.



Na apresentação, a Companhia Nacional de Dança da Coreia apresenta dez diferentes danças tradicionais do país. Não espere um espetáculo típico do estilo. A dança coreana, conhecida como Jung Joong Dong, é peculiar com sua busca incessante de combinar calma e suavidade com energia. A junção de tantos diferentes níveis de interpretação revela humor, honestidade e, principalmente, Han. Han pode ser definido como o “sentimento amargo” experimentado coletivamente pelos coreanos após décadas de história opressiva. A Companhia Nacional de Dança é a mais tradicional do país asiático. Já esteve sob a direção de alguns dos mais notáveis artistas coreanos como Song Beom, Cho Heung-Dong, Choi Hyun, Kook Soo-Ho, Bae Jung-Hye e Kim Hyun-Ja.

Fundado em 1950, o Teatro Nacional da Coreia emociona pela sua arte e também pela sua história. Ao lado de suas quatro companhias residentes. O grupo busca recriar a tradição através de uma interpretação moderna. O objetivo não tem um viés artístico, mas também político. Trata-se de um desafio de mostrar ao mundo uma Coreia já integrada à comunidade internacional. As apresentações acontecem nos dias 15 e 16 de outubro na Sala Villa Lobos, em Brasília; nos dias 20 e 21 de outubro no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro; e nos dias 23 e 24 de outubro no Teatro Santo Agostinho, em São Paulo.

 

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