Kid Morengueira - Olha o breque!

Foto: Débora Garcia

Em 06 de junho de 2000, deixava de bater o coração do consagrado sambista nascido na Tijuca, interrompendo a produção de uma obra vasta e genial. Com sua morte, aos 98 anos de idade, foi-se embora o último malandro. Malandro daqueles cantados por Jorge Ben Jor, que sabem que “... é bom ser honesto e são honestos só por malandragem”.

“Kid Morengueira – Olha o breque!” É um monólogo musical idealizado e protagonizado por Édio Nunes que homenageia Moreira da Silva e estreou dia 03 de novembro de 2017, em bem sucedida temporada no Teatro I do Sesc Tijuca – conquistando excelentes críticas e indicações a prêmios - O espetáculo foi indicado ao Prêmio Cesgranrio de Melhor Ator de Musical (Édio Nunes) e ao Prêmio Botequim Cultural, nas categorias Melhor Ator (Édio Nunes) e Melhor Texto (Ana Velloso e Andréia Fernandes). O musical retorna com apenas 6 apresentações, nos palcos do Teatro Cesgranrio, a partir do dia 05 de outubro, às 20h.

(...)Voltando à atuação de Édio, não há um senão, sequer, no que ele executa em cena. Canta bem; dança (leia-se “samba”) como poucos passistas de escolas de samba; domina o “miudinho”; tem um domínio total de seu corpo. Tem um poder de empatia invejável e domina a plateia o tempo todo. Comanda o espetáculo, com maestria e graça.” Trecho da Crítica de Gilberto Bartholo

O espetáculo homenageia Moreira da Silva (1902 – 2000), o cantor que popularizou o samba de breque tornando-se um ícone da música brasileira. O samba permitiu a ele criticar, sempre com muito bom humor, os poderosos com seus desmandos, os malandros que conheceu na noite, e os compositores que ajudou a tornar conhecidos. Vivendo em meio à malandragem, Moreira da Silva imortalizou centenas de canções com letras que retratavam situações pitorescas, muitas vezes parecidas com as que viveu. Inventou o Kid Morengueira - um verdadeiro personagem de si mesmo, um malandro à moda antiga, daqueles que não existem mais e que se entranhou na alma de Moreira a tal ponto que ninguém mais arriscaria distinguir onde começa um e termina o outro.

Nem mesmo o cinema estrangeiro, que ele viu chegar ao país no início do século XX, escapou de sua crítica mordaz. Toda a atmosfera de glamour que cercava o cinema americano e europeu caia por terra nas canções em que “escrachava” igualmente mocinhos e bandidos, revelando como poucos o traço antropofágico de nossa cultura.

Édio Nunes levou o personagem Moreira da Silva à cena pela primeira vez em 2004 onde o ator deu voz ao sambista no musical “Geraldo Pereira – Um escurinho brasileiro”, de Ricardo Hofstetter, com direção de Daniel Herz e protagonizado por Jorge Maya. Geraldo Pereira foi um dos grandes parceiros e amigos de Moreira da Silva. Édio se destacava no número musical “Na Subida do Morro” – com letra atribuída a de Moreira da Silva e Ribeiro Cunha – mas na verdade, comprada do amigo de boemia e compositor Geraldo Pereira. Na coxia o comentário entre os colegas era geral: “Você tem que fazer o Moreira em um musical sobre ele, Édio! Foi aí que a ideia ganhou mais força”, lembra o ator.

Moreira já era um velho conhecido do ator naquela época: “No musical “Crioula” que estreou no CCBB em 2000, com texto e direção de Stella Miranda, as atrizes Elisa Lucinda e Zezé Polessa dividiam o papel da personagem protagonista Elza Soares. Édio fazia o Moreira da Silva, entre outros. O antológico encontro do Moreira com Elza, que era uma cena do espetáculo, também vai ser lembrado no nosso “Kid Morengueira – Olha O Breque!”, mas agora com o olhar bem humorado do Moreira” - comenta o ator.

Kid Morengueira – Olha o breque! tem texto de Ana Velloso e Andreia Fernandes, direção de Sergio Módena, arranjos direção musical de Ricardo Rente, figurinos e ambientação cênica de Marcelo Marques e iluminação de Fernanda e Tiago Mantovani. Em cena, o ator Édio Nunes, acompanhado dos músicos, Fernando Leitzke (teclado) Ricardo Rente (sopro) e Sérgio Conforti (bateria e percussão) leva ao público o universo de Moreira da Silva/Kid Morengueira.

Na dramarurgia de Andreia Fernandes e Ana Velloso fatos biográficos vão se misturando com elementos de ficção, bem à maneira das letras que Moreira da Silva interpretou. “Moreira se transporta para a obra. É como se ele estivesse na dificuldade. Ele faz a crônica, mas também se coloca como personagem. E aí de forma criativa, dá uma outra cara para a situação”, diz Édio.

No musical, Édio interpreta sucessos que imortalizaram Moreira da Silva como Paraíso de Malandro (Sereno), Amigo Urso (Henrique Gonçalez), Na Subida do Morro (Moreira da Silva / Ribeiro Cunha), Acertei no Milhar (Wilson Batista e Geraldo Pereira), O Rei do Gatilho! (Miguel Gustavo), Morengueira Contra 007 (Miguel Gustavo), O Último dos Moicanos (Miguel Gustavo), Esta Noite Eu Tive Um Sonho - (Moreira da Silva e Wilson Batista); Lapa da Década de Trinta – (Dalmo de Niterói e M. Micelli), Piston de Gafieira – (Jorge Veiga e Billy Blanco), entre outros.


Sinopse

O espetáculo é uma grande homenagem a Moreira da Silva, ícone da música brasileira, que fez do samba de breque a sua marca registrada, sendo considerado um dos inventores e grande divulgador do gênero. No palco, Édio Nunes vive a malandragem de Moreira em cenas que misturam a biografia do cantor com a crônica da cidade que cantou em verso e prosa. Um homem de origem simples, um malandro à moda antiga, que pode parecer até politicamente incorreto para alguns, mas que fazia do humor sua navalha fina e implacável, um antídoto até contra ele mesmo. Criou Kid Morengueira, um personagem de si próprio que vive no imaginário popular, personificando o bom malandro, o brasileiro que apesar das dificuldades, encara a vida com bom humor, criatividade e alegria.

Foto: Débora Garcia

 MOREIRA DA SILVA & KID MORENGUEIRA

“Já não sei mais onde termina o Moreira e onde começa o Kid Morengueira. Só sei que demos a volta ao mundo a bordo de um avião chamado samba, fazendo umas ‘escalas’ aqui e ali, saltando de breque em breque”.

(trecho de Kid Morengueira – Olha O Breque! de Andreia Fernandes e Ana Velloso)

Em 1902, nascia no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, o cantor e compositor Moreira da Silva, ícone do samba e da boemia carioca. Criado nos morros da cidade e formado na zona boêmia do Mangue, o artista encarou o batente cedo. Aos 9 anos foi para a escola, mas logo deixou os estudos e foi à luta para ajudar a família. Ainda menino, vendeu doce nas ruas do Rio, entregou marmita e catou papel.

Na adolescência, trabalhou numa fábrica de meias. Levou a vida no sufoco até que, aos 19 anos, arrumou um emprego de ajudante de motorista na fábrica de cigarros Souza Cruz. Nessa época, já se apresentava em festas de conhecidos e fazia serestas cantando modinhas. Como o bom malandro não anda na linha, "que o trem pega", Moreira também tinha os pés bem fincados na orgia. Durante a juventude frequentou rodas de baralho, botequins e a zona do meretrício. Conviveu com os malandros históricos da Lapa e com bambas do Estácio. Tornou-se figura conhecida da noite e da boemia.

Começou sua carreira de cantor, profissionalmente em 1937, quando gravou seu primeiro disco e logo depois foi contratado pela Rádio Mayrink Veiga. Na década de 40 ele embarcou numa seqüência de sucessos, gravando “Amigo Urso”, “Fui a Paris” e “Dormi no Molhado”.

Em 1950, foi contratado pela rádio Tupi e lançou seu primeiro long-play. Cantar numa época em que as ondas do rádio eram dominadas por “canários” como Chico Alves e Sílvio Caldas - "no tempo em que cantor tinha que esticar a veia do pescoço" - era um desafio gigantesco para Moreira. Mas ele convenceu e cavou seu lugar ao sol.

Na década de 60, Moreira lançou um de seus maiores sucessos: “O Rei do Gatilho”, de Miguel Gustavo, cuja letra falava de um caubói que, como o Zorro americano, tinha por companheiro fiel um índio. Nascia então Kid Morengueira (apelido que carregou até o resto da vida).

Aos 89 anos de idade, Moreira foi escolhido pela prefeitura do Rio de Janeiro, para inaugurar com um show a reurbanização da Lapa, o velho reduto da malandragem, dos bares e cabarés. O então prefeito, Marcello Alencar, fez questão, já que o artista representaria o verdadeiro espírito do bairro. O rei do breque atendeu com naturalidade à convocação: "Sou um símbolo carioca".

Édio Nunes

Ator, cantor, bailarino, coreógrafo e diretor. Profissionalizou-se aos 21 anos, dedicando-se, também ao canto e a dança. Fez turnês internacionais, atuou em grandes musicais brasileiros, e atualmente vem fazendo várias participações na TV. Dentre seus principais trabalhos em teatro podemos destacar: “Miranda por Miranda” (Direção: Stella Miranda - 2010); “Theatro Musical Brasileiro 1” (Direção: Fábio Pillar – 2010); “Cabaret Melinda” (Direção: José Possi Neto – 2009); “Eu Sou O Samba” (Direção: Fábio Pillar – 2009); “Um Homem Célebre” (Direção: Pedro Paulo Rangel – 2009); “É Samba na Veia, é Candeia” (Direção: André Paes Leme – 2008); “O Baile” (Direção: José Possi Neto – 2007); “Império” (Direção: Miguel Falabella – 2006); “South American Way” (Direção: Miguel Falabella – 2001); “Crioula, a Dama do Swing” (Direção: Stella Miranda- 2000); “Metralha” (Direção: Stella Miranda – 1996) e “Forrobodó” (Direção: André Paes Leme – 1995). E os mais recentes – “Quando A Gente Ama”, Direção de João Batista; “A Revista de Ano - O Olimpo Carioca” – Direção Sergio Módena; “Sambra - Cem Anos de Samba” e “Zeca Pagodinho – Uma História de Amor ao Samba” ambos com direção de Gustavo Gasparani; A Trilogia “Sambinha, Bossa Novinha e Forró Miudinho” com direção de Sérgio Módena – pelos quais recebeu os Prêmios de Coreografia (Sambinha e Forró) e melhor elenco (Forró) e o Premiado – “A Vida Passou Por Aqui” – protagonizando ao lado da atriz Claudia Mauro, com Direção de Alice Borges.

Sergio Módena

É bacharel em Artes Cênicas pela Unicamp, também formado pela École Philipe Gaulier, em Londres, onde realizou especializações em Shakespeare, Tchecov e Melodrama. Seus trabalhos mais recentes como diretor são: Janis, Estes Fantasmas!, de Eduardo de Filippo, Os Vilões de Shakespeare, de Steven Berkoff, Bossa Nova em Concerto, pocket musical com roteiro dele e de Rodrigo Faour, Esse Vazio, de Juan Pablo Gomez, Como Me Tornei Estúpido, adaptação da obra de Martin Page feita por Pedro Kosovski, Ricardo III, de William Shakespeare, A Arte da Comédia, de Eduardo De Filippo, Politicamente Incorretos, Forró Miudinho, Bossa Novinha – A festa do pijama e Sambinha, musicais de Ana Velloso; A Revista do Ano – O Olimpo Carioca, de Tânia Brandão. É sócio fundador da Trupe Fabulosa Produções Artísticas, em parceria com os atores Gustavo Wabner e Érika Riba.

Seus últimos trabalhos receberam mais de trinta indicações e treze prêmios nas principais premiações do Rio de Janeiro: Ricardo III (Cesgranrio, Shell, APTR, FITA e APCA-SP), A Arte da Comédia (Cesgranrio, Shell, FITA e APCA-SP) e os musicais Sambinha e Bossa novinha (prêmios Zilka Salaberry e CEBTIJ). Em 2016 ganhou o prêmio CBTIJ de melhor direção por “Forró Miudinho” (o musical saiu vencedor também em mais cinco categorias, incluindo espetáculo, texto, coletivo de atores e coreografia).

Andreia Fernandes

Dramaturga, atriz, coreógrafa, diretora, e professora de teatro, Andréia Fernandes já integrou diversas produções de sucesso na cena teatral brasileira. Dentre seus principais trabalhos como dramaturga podemos destacar: “Ismael Silva – Uma História de Samba”, apresentado no Ciclo de Leituras de O GLOBO – Auditório de O GLOBO 2006; “De Artista e Louco Todo Mundo Tem Um Pouco”, no Teatro Villa-Lobos - Espaço 3 – 2006; “Raul – Metamorfose Ambulante”, em cartaz no Teatro Ipanema, Teatro do Jockey e Teatro da UFF-RJ – 2004; "Noel - Feitiço da Vila”, apresentado no Teatro do Hotel Hilton (SP), Teatro Carlos Gomes e Teatro Casa de Cultura Laura Alvim (RJ) – 2000/1998 e “E Ribnide - Uma história de Circo”, no Teatro do Planetário da Gávea, 1987. Com este último trabalho, Andréia recebeu uma indicação para o Prêmio Minc - Troféu Mambembe na categoria revelação. Além de escrever roteiros, Andréia também dirigiu os três últimos espetáculos citados acima e a montagem de “Sonhos de uma noite de Verão”, de William Shakespeare realizada no Teatro Ipanema, em 2007. Em 1996, publicou dois artigos na Revista Cadernos de Teatro, “Teatro Grego e Teatro Shakespeariano” e “Relaxamento, um diálogo com o corpo”.

Ana Velloso

Atriz, Produtora e Autora Teatral. Principais trabalhos como atriz – “Clara Nunes - Brasil Mestiço”, Direção Gustavo Gasparani; “Estatuto de Gafieira” – Aderbal Freire Filho; “Dolores” – Antônio De Bonis; “A Força do Destino” – Direção Henrique Tavares; “A Aurora da Minha Vida – Musical” – Direção Naum Alves de Souza; “O Bem do Mar – Homenagem a Dorival Caymmi” – Direção Antônio De Bonis; “A Revista do Ano – O Olimpo Carioca” – Direção Sergio Módena; “Politicamente Incorretos” - Direção Sergio Módena; “Sambra – Cem Anos de Samba” – Direção Gustavo Gasparani; “Estes Fantasmas” - Direção Sergio Módena; “Vianinha Conta o Último Combate do Homem Comum” – Direção Aderbal Freire Filho; e a premiada Trilogia de sua Autoria - “Sambinha”, “Bossa Novinha” e “Forró Miudinho - Direção Sergio Módena; Zeca Pagodinho – Uma História de Amor ao Samba – Direção Gustavo Gasparani. Recebeu os Prêmios Zilka Salaberry e CBTIJ pelos textos Sambinha e Forró Miudinho, respectivamente.

Ricardo Rente

Formado pela Berklee College of Music, estudou flauta com o professor Celso Wotzenlogel, na

UFRJ e instrumentação com o Maestro Ailton Escobar. Trabalhou como músico com grandes nomes da MPB como: Guilherme Arantes, Zé Ramalho, Adriana Calcanhoto, além de Stevie Wonder nas turnê Rio e São Paulo. Diretor Musical e arranjador de espetáculos como: Clara Nunes - Brasil Mestiço, dir. Gustavo Gasparani; Estatuto de Gafieira - dir. Aderbal Freire Filho; O Bem do Mar – Homenagem a Dorival Caymmi, dir. Antonio De Bonis; Uma Professora Muito Maluquinha – de Ziraldo; Sambinha – pelo qual recebeu o Prêmio Zilka Sallaberry de melhor Música; Bossa Novinha – A Festa do Pijama - indicado ao Prêmio Zilka Sallaberry de Melhor Direção Músical; Forró Miudinho - indicado ao Prêmio CBTIJ de Direção Musical .

ROTEIRO MUSICAL

PARAÍSO DE MALANDRO - Sereno
HOMENAGEM AO MALANDRO - Chico Buarque
OLHA O PADILHA - Moreira da Silva / Bruno Gomes / Ferreira Gomes
AMIGO URSO - Henrique Gonçalez
1296 MULHERES - Moreira da Silva e Zé Trindade
NA SUBIDA DO MORRO - Moreira da Silva / Ribeiro Cunha
ACERTEI NO MILHAR - Wilson Batista e Geraldo Pereira
FUI AO DENTISTA - Cícero Nunes e Sebastião Fonseca
O REI DO GATILHO - Miguel Gustavo
MORENGUEIRA CONTRA 007- Miguel Gustavo
O ÚLTIMO DOS MOICANOS - Miguel Gustavo
FAUSTINA - Gadé
ESTA NOITE EU TIVE UM SONHO - Wilson Batista e Moreira da Silva
FUI A PARIS - Moreira da Silva e Roberto Cunha
FILMANDO NA AMÉRICA - Moreira da Silva e Waldemar Pujol
SAMBA ARISTOCRÁTICO - Moreira da Silva e José Dilermando
LAPA DA DECADA DE TRINTA - Dalmo Niterói e M. Micelli
PISTON DE GAFIEIRA - Billy Blanco

Ficha Técnica:

Idealização e Interpretação: Édio Nunes
Texto: Andreia Fernandes e Ana Velloso
Direção: Sergio Módena
Direção Musical e Arranjos: Ricardo Rente
Músicos: Ricardo Rente, Sérgio Conforti, Fernando Leitzke
Ambientação cênica e figurino: Marcelo Marques
Iluminação: Fernanda Mantovani & Tiago Mantovani
Direção de Movimento: Édio Nunes
Coordenação Técnica: Rodrigo Bispo
Técnico de Som: Filipe Chagas
Projeto Gráfico: Cacau Gondomar
Fotos: Débora Garcia
Assessoria de Imprensa: Duetto Comunicação e Produções Artisticas
Direção de Produção: Ana Velloso e Vera Novello
Produtoras Associadas: CLG e Lúdico Produções Artísticas

Serviço:

Temporada – De 05 a 14 de outubro (06 apresentações)
Local – Teatro Cesgranrio (Rua Santa Alexandrina, 1.011 – Rio Comprido)
Dias: Sexta a Domingo, sempre às 20hs
Duração: 75 minutos
Classificação Etária: 12 anos
Gênero: teatro musical
Capacidade: 266 lugares
Preço: R$ 40,00 (inteira); R$ 20,00 (meia)
Telefone: (21) 2103 9682

Pin It