Apocalypse Now – O Fim Do Mundo Para Leigos, musical dirigido por Adrian Steinway

Com o objetivo de fazer um verdadeiro resgate das tradições italianas da commedia dell’arte e, ao mesmo tempo, apresentar o gênero a novas plateias, o diretor Adrian Steinway, ao lado do grupo Machina Del Tuono, leva ao palco do Teatro Municipal Humberto Sinibaldi Neto, em apresentação única em São José do Rio Preto, dia 20 de agosto, domingo, às 19h, o espetáculo “Apocalypse Now – O Fim do Mundo para Leigos”.
 
A montagem traz no elenco os atores italianos Roberto Andrioli (responsável também pelo texto) e Pela primeira vez no Brasil, a comédia traz no elenco os atores italianos Roberto Andrioli (responsável também pelo texto) e Fabricio Checacci, que se revezam em cinco papéis diferentes, além das músicas assinadas por Adrian Steinway e cenografia criada por Danielle Steele & Evas Carretero. Vale ressaltar que a sessão será encenada em italiano com legendas em português.
 
O grupo, atualmente viajando com o espetáculo por cidades italianas – a estreia ocorreu no histórico Teatro Dovizzi, em Bibiena e a montagem também foi apresentada no Castelo Sant’Angello, em Roma –, subirá em palcos brasileiros, além de São José do Rio Preto, nas cidades de São Paulo e Ribeirão Preto. Depois seguirá em turnê internacional para Palm Springs, Decatur, Nova Jersey (EUA), e Cidade do Panamá. Em 2018, já tem datas confirmadas em Montevideo, Roma, Paris, Santigo do Chile e Sevilla. 

Concepção e música

“O espetáculo Apocalypse Now é uma comédia que remonta a tradição da Commédia Dell’arte sob o viés da opereta”, explica Steinway. “Em 2015 juntei-me ao grupo Machina Del Tuono e começamos a fazer um trabalho de resgate desses dois gêneros da expressão humana, que pareciam ter perdido o interesse até mesmo Itália. Há grupos profissionais evitam usar as tradicionais máscaras de couro e as operetas foram substituídas pelo teatro musical”, salienta o diretor brasileiro.
 
Em “Apocalypse Now – O Fim do Mundo para Leigos” a direção trabalha esta pequena opereta com arquétipos da Commedia Dell’arte para contar a história de Pantaleão, único sobrevivente de um ataque a uma cidade cujos habitantes serão exterminados por uma arma química que consumirá, com seu letal perfume, as formas humanas de vida, com uma ressalva: serão preservados apenas os patrimônios culturais e artísticos.
 
 Utilizando-se de máscaras e acompanhados por três músicos ao vivo, os atores interpretam personagens como dois amantes alienados, o injustiçado Arlequino, o enganado Dottore, o Capitano tirano e uma repórter à beira de um ataque de nervos.
 
“Os músicos ao vivo celebram essa obra explorando instrumentos acústicos como piano, clarinete e violoncelo, numa era eletrônica”, explica Adrian Steinway. O diretor completa, ressaltando que “a ousadia de nossa pretensão é resgatar, na plateia contemporânea, a memória coletiva dessas expressões artísticas quase esquecidas. Para tanto, as músicas foram compostas a partir de referências do cancioneiro popular italiano acrescidas de referências de world music. Assim, o chorinho encontra o tamburello, a tarantela, o tarantullo. As músicas são orquestradas para uma camarata e o intuito é adaptar essa musicalidade para os ouvidos modernos”.
 
Elenco
“Os atores Roberto Andrioli e Fabrizio Checcacci possuem DNA artístico perfeitos para a montagem”, define Steinway. Andrioli é ator de Commédia Dell’arte, se formou no Piccolo Teatro e promove cursos ao redor do mundo. A tradição de 400 anos de máscaras está em sua família, com o teatro herdado de pai para filho. “Ele representa o que há de mais puro nos musicais”, completa o diretor.
 
Já Fabrizio Checcacci é um dos atores de teatro musical dos mais conhecidos nas produções da Itália. Participou de montagens como Jesus Christ Superstar, Mamma Mia, Joseph and the Amazing Technicolor Coat, Rocky Horror Show, Molin Rouge (The Musical), A Day in Life, Sister Act e Rent.
 
Sinopse
Pantaleão é um velho de origens plebeias que soube ganhar dinheiro e acredita que tudo pode comprar. Sem escrúpulos, ele vende uma arma letal à Perfectina, uma superpotência cujo intento é dominar o mundo e, ao mesmo tempo, decide casar sua filha, Hermelinda, com Dottore, desde que o noivo não lhe exigisse dote e lhe desse 50% de sua fortuna. Entretanto, Hermelinda, que finalmente completará a idade para se casar, se apaixona por um cantor de reggae (Florindo). Acidentalmente, Pantaleão sobrevive à arma secreta e passa a ser usado por Capitano, general de Perfectina, para dominar outras cidades.
 
Adrian Steinway
O músico, ator, dramaturgo, professor e diretor Adrian Steinway nasceu em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, filho de mãe italiana com origens judaicas e de pai estadunidense com origens em Taiwan. Crescido nessa casa plural e multicultural encontrou na arte o caminho para sua formação pessoal e profissional.
 
Iniciou na música. Aos 15 anos embarca para Europa para estudar violino. Especializa-se em Rimsky-Korsakov e Max Bruch no Conservatorio Olandesse di Roma e é convidado para apresentar-se como solista em grandes salas de concerto do velho continente.
 
Parte em 2001, aos 23 anos, para Nova York, onde morou por dois para estudar teatro, com ênfase em direção na Tisch College. Lá teve oportunidade de estagiar em importantes espetáculos da Broadway. Completa sua formação tendo como referências importantes nomes como Bob Wilson, Julie Taymor, Newton Cole, Jim Cooney, Gerônimo Santana, Gretchen Miller, Ely Vieitez Lanes, Antonio Suarez Abreu e Umberto Eco.
 
Sua estreia na direção teatral ocorreu no espetáculo “Pasárgada” (2006), uma colagem de poemas de Manuel Bandeira, trazendo no elenco os atores Gustavo Malafaya e Fábio Costa, que se intercalavam com participações especiais de Elisa Lucinda, Fernanda Montenegro, Marília Pêra e Antônio Abujamra. No mesmo ano produz e dirige “Até que o Virtual nos Ampare”, de Sandra Falcone, com Simone Sanguiné, Nico Puig, Gustavo Malafaya e Gisele Lourenço no elenco.
 
Em 2013, une sua experiência como músico/compositor e autor/diretor no musical “Éramos Gays”, assinando texto e algumas composições do espetáculo, que remonta com muito humor a história da homossexualidade desde a Grécia Antiga até os dias atuais. Coreografado por Jim Cooney (coreógrafo da série de TV Glee) e Jason Sparks, com músicas de Gerônimo Santana,“Éramos Gays” cumpre temporada de sucesso em Salvador, levando mais de 80 mil pessoas ao teatro naquele ano.
 
Em sua produção seguinte, “Bocket Show” (2014), Adrian Steinway repete a parceria com o compositor Gerônimo Santana. Convidado por Caco Monteiro, Adrian remontou totalmente o espetáculo, conferindo nova linguagem estética ao então besteirol, utilizando-se de teatro de sombras e de um look em escalas de cinza, recriando a era do rádio no Teatro Aliance Française, em Salvador.
 
Em 2015 viaja para a Itália, focando seu trabalho no resgate da tradição italiana Commédia dell’Arte, junto ao grupo Machina Del Tuono, de Roma. A parceria rendeu a opereta “Apocalypse Now – La Fine Del Mondo Per Schioccli”, que atualmente está em turnê pela Itália. A montagem desembarca em São Paulo em agosto deste ano para apresentações na capital, Ribeirão Preto, São José de Rio Preto, Indaiatuba, seguindo em turnê internacional para Palm Springs, Decatur, Nova Jersey (EUA), e Cidade do Panamá. Em 2018, a turnê já tem datas em Montevideo, Roma, Paris, Santigo do Chile e Sevilla.
 
Recentemente, em sua trajetória artística, Steinway incursionou no universo das crianças. Em 2016, compôs as músicas do espetáculo “O Palhaço e a Bailarina”, musical que cumpriu temporada no Teatro Porto Seguro, em São Paulo.
 
Vale destacar também sua experiência no cinema, em que produziu, dirigiu e escreveu o longa-metragem “Essa Maldita Vontade de Ser Pássaro” (2011). Filmado em super-8 com finalização digital, em parceria com Paula Fabiana, o longa – com elenco formado por Cynthia Falabella, Elias Andreatto, Leopoldo Pacheco e Martha Nowill – estreou no San Diego Film Festival e foi selecionado em mais de 20 festivais internacionais.
 
Atualmente Steinway está à frente de dois projetos nos Estados Unidos. O primeiro, em San Diego, chamado “TigerBoy” e o segundo, em Nova York, adaptando a obra “Haroun”, de Salma Rushdie.
 
Laboratório de Redação
Paralelamente ao trabalho no cenário das artes, Adrian Steinway faz sucesso também além dos palcos. Por conta de sua formação em Letras, com ênfase em Latim e Português, fundou em 2014 o “Laboratório de Redação”. O curso, que começou com apenas quatro jovens vestibulandos, hoje conta com mais de 400 alunos, sendo considerado, um dos principais do país.Das 66 notas máximas do ENEM no Brasil inteiro em 2016, oito foram de alunos que estudaram em seu curso. Da mesma maneira, metade das notas máximas da FUVEST também veio de seu laboratório de redação em 2016 e 2017.
 
FICHA TÉCNICA
Música e direção: Adrian Steinway
Libretto e texto: Roberto Andrioli
Elenco: Roberto Andrioli e Fabricio Checacci
Arranjos: André Santana
Músicos: André Santana (piano), André Fajersztajn (clarinete) e Amanda Ferraresi (violoncelo)
Cenário: Danielle Steele & Evas Carretero
Figurino: Alexandra Deitos
Costureira: Claudete Fogaça de Almeida
Legenda: Antonella Rita Roscilli
Operador de Legenda: Regina Maria Guazzelli
Design de Luz: Yara Leite
Produção Executiva e Administração: Yara Leite & Adriana Amorim
Produção no Brasil: Três Joias Produções Artísticas
Colaboração: Instituto Cultural Italiano
Produção na Itália: Machina del Tuono
Assessoria de Marketing: Tutti Agencia
 
SERVIÇO
APOCALYPSE NOW – O FIM DO MUNDO PARA LEIGOS
Dia: 20 de agosto, domingo
Horário: 19h
Local: Teatro Municipal Humberto Sinibaldi Neto – São José do Rio Preto
Endereço: Av. Brig. Faria Lima, 5381 - Vila São José
Classificação etária: 14 anos
Duração: 75 minutos
Capacidade: 424 lugares
Ingressos: R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia)

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