Companhia eslovena apresenta espetáculo baseado em Radiohead e Shakespeare

Edição Rubens Barizon, Jornal de Teatro

 

O Festival O Boticário na Dança traz pela primeira vez à América Latina a companhia neoclássica eslovena do bailarino e coreógrafo romeno Edward Clug. O aritsta recebeu o mais alto prêmio cultural concedido pelo seu país e é considerado referência na cena contemporânea da dança. O profissional foi reconhecido em importantes premiações mundo afora. Na apresentação “Radio and Juliet” a banda inglesa de rock Radiohead e a história Romeo e Julieta de Shakespeare serve de parâmetro para a coreografia que vai ser apresentada no Festival O Boticário.

 

- Existe alguma curiosidade ou algo especial sobre o Brasil que você Edward aprecie?

É a minha primeira vez no Brasil. Estou curioso para conhecer o Rio de Janeiro e São Paulo. É claro que o carnaval do Rio é um evento para ser visto. Também a capoeira poderia dar ideias fantásticas.

 

- Qual a expectativa para a estreia em palco brasileiro?

Radio and Julliet estreou em 2005 e tem sido apresentada no mundo todo. Eu estou muito feliz por finalmente seguir rumo ao Brasil. Esta representação fora do comum icônico de Shakespeare traz Julieta de volta à vida sem deixá-la morrer novamente. O título desperta a curiosidade do público e eles têm a chance de experimentar esta trágica história de amor “de uma maneira que nem mesmo Shakespeare pôde imaginar” (Jane Vranish, Pittsburgh Post-Gazette) 

 

- Conte sobre “Radio and Juliet”. Como é representar com a dança contemporânea a clássica história de amor misturado com Rock?

 Desde o começo eu estava interessado na essência da história e tentei evitar recontá-la. É claro que não é fácil de criar uma nova interpretação da literatura (e não foi também esta a intenção). Apenas escolhi o cenário com um ambiente diferente do qual os expectadores tem a possibilidade de refletir sobre a história que eles já conhecem, sob uma perspectiva diferente: minha e do impacto da música de Radiohead.

 

- Conte sobre otrabalho como coreógrafo na companhia? Quais são os desafios?

Eu comecei minha carreira como bailarino e agora como coreógrafo desta companhia. É a minha casa e o lugar onde eu tive a oportunidade de realizar meus sonhos. Muitas vezes eu sou convidado para trabalhar em diferentes companhias e isto é muito inspirador, trabalhar com novas pessoas, mas para mim, o maior desafio é inspirar pessoas da minha companhia, que me conhecem bem, e mesmo assim, depois de tantos anos de trabalho ainda conseguem criar.

 

-  Quais são os novos projetos do Ballet Maribor para 2013?

Antes de vim ao Brasil, a companhia fez parte do Festival Dance Open em São Petersburgo na Rússia com a nossa nova produção de Stravinsky, “Sagração da Primavera”. A produção do festival reuniu três companhias em uma noite: Dresden Ballet, Bolshoi Ballet e Maribor Ballet, com isso, a experiência foi excitante e colocou a companhia Maribor ao lado de algumas das principais companhias do mundo.

 

- Pode deixar uma mensagem para os brasileiros que estão animados para assistir o Ballet Maribor?

Brasil tem uma grande tradição em dança e vocês tem vários festivais que mostram o melhor da dança. Nós gostaríamos de contribuir para esta tradição e estamos ansiosos para compartilhar com o público brasileiro, que não conhece o nosso trabalho (o que é bom), que o amor a primeira vista é sempre especial 

A companhia Maribor se terá apresentações nos dia 5 em São Paulo; dia 7 no Rio de Janeiro e dia 9, fechando o Festival em Curitiba.

 

 

 

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