Nathália Marçal interpreta escritor em monólogo

 

“Por Parte de Pai” estreou em Belo Horizonte, no meado do ano passado. Passou pelo Rio de Janeiro e depois da participação no Fringe do Festival de Curitiba tem a próxima temporada em São Paulo, para contar no monólogo interpretado pela Nathália Marçal, a transposição das palavras de Bartolomeu Campos de Quierós.

Foi a primeira vez que a atriz idealizadora da peça, Nathália Marçal e sua equipe, participaram do Festival de Curitiba. De acordo com a atriz, foi uma decisão muito acertada ter levado o espetáculo “Por Parte de Pai” para Curitiba. "A cidade respira arte neste período, e é possível fazer contato com os artistas de cenas culturais diversas, em relação aos trabalhos de pesquisa da linguagem cênica e territorialidade, com os críticos, com a imprensa e principalmente com um público ávido por novidades".

“Por Parte de Pai” foi recebido pela produção do Fringe no aconchegante teatro Mini Guaíra com casa cheia nos dois dias de apresentação, com uma plateia aberta ao riso e ao choro.

Ao ouvir falar em Bartolomeu, “fui imediatamente motivada a levar as palavras dele para o teatro. É com uma honestidade, em meio a prosa poética, que Bartolomeu revela dores e amores de uma forma simples e ao mesmo tempo única, que toca a todos”, revela a Nathália.“Ao encenar “Por Parte de Pai”, percebo que a sua narrativa conversa da mesma forma com o público jovem e com o idoso, sem restrição. Sua simplicidade, inclusive fez dele, um escritor bastante lido por crianças e adolescentes”, acrescentou a atriz.

Militante pelo incentivo a literatura, “Bartolomeu Campos de Queirós felizmente me acompanhou até seu falecimento, ocorrido no início do ano passado, envolvido pela ideia de suas palavras tomarem para além da literatura, o público de teatro”, comenta Nathália Marçal.

A decisão do diretor do espetáculo, André Paes Leme, e de toda equipe, de ter feito apenas uma transposição da obra homônima, ou seja, todas as palavras interpretadas no palco são de autoria de Bartolomeu, e assim não ter desenvolvido uma dramaturgia a parte, fez deste espetáculo uma homenagem fiel ao escritor.

Por Rubens Barizon
Do Jornal de Teatro

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