Dezenas de grupos se uniram no fim de julho, em Fortaleza, no movimento “Todo Teatro é Político” – uma ação para consolidar a Cooperativa Cearense de Teatro, idealizada há exatos quatros meses. O encontro aconteceu no Teatro Sesc Emiliano Queiroz, com a missão de criar uma nova forma de apresentar a prática teatral, através da ocupação de espaços como galpões e casarões abandonados na cidade, revitalizando o entorno. Outra cobrança feita pelo grupo foi o maior compromisso das secretarias de cultura, principalmente em relação ao projeto de circulação de espetáculos do SET (Sistema Estadual de Teatro), criticado pelo fórum anterior. Uma questão polêmica que também foi levada aos governantes diz respeito à realização de um festival de teatro em Fortaleza, determinado por lei de 15 anos atrás que, segundo o movimento, não ocorre há dois anos. Ao longo desse tempo, afirmam que somente cinco edições foram realizadas.

A morte do astro Michael Jackson chocou o mundo da música, mas, curiosamente, teve um efeito positivo em um do espetáculos teatrais mais musicais no Rio de Janeiro. “O Som da Motown”, de Renato Vieira e Cláudio Figueira, em cartaz na Sala Fernanda Montenegro, no Teatro do Leblon, já trazia como atração um dueto virtual entre o Rei do Pop e a atriz Simone Centurione dentro de um bloco inteiro dedicado ao grupo The Jackson Five. O astro aparece aos 13 anos, cantando o sucesso “Ben” durante uma participação em um programa de TV americano. No palco carioca, Simone entre em cena e divide, virtualmente, os vocais cantando “Ben”. O público, após o falecimento do astro, tem se mostrado emocionado e lotado ainda mais a já concorrida peça.
O espetáculo põe em cena 50 das mais célebres canções eternizadas por astros e estrelas que foram revelados pela histórica gravadora Motown. A classificação etária é livre e a duração do musical é de pouco mais de uma hora, de quinta-feira a sábado, sempre às 19h. A temporada vai até 29 de agosto e o ingresso custa R$ 80 (o teatro tem capacidade para 400 lugares). (Por Felipe Sil)

Por Pablo Ribera

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O centro de educação Cultura Inglesa trabalha no Brasil com o propósito de não ser apenas uma escola de idiomas, mas, também, como propagadora da cultura britânica no nosso País. E uma de suas ferramentas para concretizar esse projeto é o teatro. A escola apoia espetáculos realizados por dramaturgos de origem britânica, visando um entendimento maior das pessoas sobre a importância desses autores. "O que fazemos são pequenos apoios a peças em cartaz, para que, assim, a cultura da Grã-Bretanha seja propagada no Brasil", disse o gerente cultural da escola, Laerte Mello.
Um exemplo é o patrocínio do centro de educação para a peça "DNA", de Dennis Kelly. No enredo, um grupo de adolescentes comete um grave erro por levar uma brincadeira às últimas conseqüências e, na tentativa de ocultar o ato, se envolve em uma série de acontecimentos que complicam, cada vez mais, a delicada situação.
Além de apoio, a Cultura Inglesa promove uma série de espetáculos culturais baseados em autores ingleses. O Cultura Inglesa Festival, realizado anualmente, apresenta formato original, inaugurado em 2004, no qual a cultura britânica é interpretada e recriada por artistas brasileiros das áreas de artes visuais, do cinema, da dança e do teatro adulto e infantil. Com o patrocínio da Cultura Inglesa, os projetos escolhidos por uma curadoria de jornalistas, acadêmicos e artistas das diversas áreas se transformam em 15 atrações produzidas especialmente para o festival.
Na última edição, em maio deste ano, a Cultura Inglesa disponibilizou, ao todo, R$ 487 mil para patrocinar a produção dos projetos selecionados. Dessa verba, R$ 25 mil foram destinados para premiar as melhores produções. O patrocínio para cada um dos três projetos escolhidos por área foi distribuída da seguinte maneira: R$ 36 mil (Teatro Adulto), R$ 31 mil (Teatro Infantil, Dança e Cinema Digital de ficção e animação) e R$ 25 mil para Artes Visuais.
Uma das peças premiadas foi "Celebração", do inglês Harold Pinter. A história se passa em um restaurante, onde os personagens Julie e Lambert comemoram seu aniversário de casamento, acompanhados de um casal formado pela irmã dela, Prue, e do irmão dele, Matt. Em outra mesa, o banqueiro Russel celebra seu sucesso pessoal com a esposa Suki. A vulgaridade e insensibilidade grosseira desses personagens é a característica principal da obra.
Encenadas em português, as peças de teatro adulto devem ser de autoria de dramaturgo britânico ou inspiradas em textos literários ou poéticos de autores britânicos, e ser dirigida ao público jovem (a partir dos 14 anos). Os espetáculos infantis deverão ser voltados a crianças a partir de 7 anos e inspirados na arte ou na cultura inglesa. As montagens poderão seguir padrões convencionais de encenação ou adotar os formatos dos espetáculos de rua e teatro de bonecos. Os projetos de dança deverão propor coreografias inéditas inspiradas na obra de um ou mais artistas plásticos britânicos. A temática deverá ser dirigida a jovens a partir de 14 anos.
Os candidatos podem acessar o site www.culturainglesasp.com.br/festival para conhecer o regulamento do processo de seleção, obter cópia da ficha de inscrição e esclarecer dúvidas por meio do e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. As inscrições para a 14ª edição do festival já estão abertas.

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