O corpo do ator, diretor, adaptador e tradutor de obras literárias e crítico de arte Sérgio Viotti, morto aos 82 anos, no último dia 26 de julho, vítima de parada cardiorrespiratória, foi cremado na manhã do dia 27, por volta das 10h30, no Cemitério da Vila Alpina, Zona Leste de São Paulo. Viotti estava internado no Hospital Samaritano desde o dia 19 de abril, quando sofreu parada cardíaca durante a festa de casamento do filho da escritora Maria Adelaide Amaral.
No teatro, Sérgio Viotti estreou profissionalmente como diretor em 1959, na peça “Viagem a Três”, de Jean de Lètraz, convidado por Antunes Filho. Como ator, seu primeiro trabalho profissional foi em “O Contato”, de Jack Gelber, em 1961. Pela sua atuação na montagem, Viotti foi premiado na categoria ator revelação pela ABCT (Associação Brasileira de Críticos Teatrais). (Por Daniel Pinton)

A atriz Maria Sílvia faleceu no último dia 26, aos 65 anos, vítima de câncer de pulmão, diagnosticado no início deste ano. O funeral e enterro aconteceram no Rio de Janeiro no Cemitério São João Batista. Maria Sílvia começou sua carreira nos palcos de teatro no final dos anos 1960, quando passou a explorar novas mídias, como o cinema e a televisão, nos anos 1970.
Foi justamente no cinema onde ela se destacou e se firmou como uma das mais brilhantes atrizes de sua geração. O primeiro de seus mais de 30 filmes foi “Joanna Francesa”, do diretor Carlos Diegues, em 1973. O último longa metragem feito pela artista aconteceu em 2005, na película chamada “Desejo”, de Anne Pinheiro Guimarães.
Nos últimos anos, a atriz se dedicou aos trabalhos na televisão, em novelas da Rede Record, onde tinha contrato. Seu último trabalho foi em “Chamas da Vida”. Outros sucessos televisivos da atriz incluem as novelas globais “Chocolate com Pimenta” e “Alma Gêmea”.

Dezenas de grupos se uniram no fim de julho, em Fortaleza, no movimento “Todo Teatro é Político” – uma ação para consolidar a Cooperativa Cearense de Teatro, idealizada há exatos quatros meses. O encontro aconteceu no Teatro Sesc Emiliano Queiroz, com a missão de criar uma nova forma de apresentar a prática teatral, através da ocupação de espaços como galpões e casarões abandonados na cidade, revitalizando o entorno. Outra cobrança feita pelo grupo foi o maior compromisso das secretarias de cultura, principalmente em relação ao projeto de circulação de espetáculos do SET (Sistema Estadual de Teatro), criticado pelo fórum anterior. Uma questão polêmica que também foi levada aos governantes diz respeito à realização de um festival de teatro em Fortaleza, determinado por lei de 15 anos atrás que, segundo o movimento, não ocorre há dois anos. Ao longo desse tempo, afirmam que somente cinco edições foram realizadas.

A morte do astro Michael Jackson chocou o mundo da música, mas, curiosamente, teve um efeito positivo em um do espetáculos teatrais mais musicais no Rio de Janeiro. “O Som da Motown”, de Renato Vieira e Cláudio Figueira, em cartaz na Sala Fernanda Montenegro, no Teatro do Leblon, já trazia como atração um dueto virtual entre o Rei do Pop e a atriz Simone Centurione dentro de um bloco inteiro dedicado ao grupo The Jackson Five. O astro aparece aos 13 anos, cantando o sucesso “Ben” durante uma participação em um programa de TV americano. No palco carioca, Simone entre em cena e divide, virtualmente, os vocais cantando “Ben”. O público, após o falecimento do astro, tem se mostrado emocionado e lotado ainda mais a já concorrida peça.
O espetáculo põe em cena 50 das mais célebres canções eternizadas por astros e estrelas que foram revelados pela histórica gravadora Motown. A classificação etária é livre e a duração do musical é de pouco mais de uma hora, de quinta-feira a sábado, sempre às 19h. A temporada vai até 29 de agosto e o ingresso custa R$ 80 (o teatro tem capacidade para 400 lugares). (Por Felipe Sil)

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