Considerado o homem responsável por revolucionar a dança contemporânea, o norte-americano Merce Cunningham morreu, aos 90 anos, na madrugada do último dia 26. Segundo comunicado divulgado conjuntamente pela Cunningham Dance Foundation e pela Cunningham Dance Company, a morte do coreógrafo aconteceu dentro de sua casa, por motivos de causa natural.
Criador de mais de 200 coreografias, Cunningham é reconhecido como o principal transformador da dança no século 20. Ele mudou a maneira como a dança era feita e, também, assistida. O dançarino passou a ser o centro da cena e a dança não era mais refém de outros artifícios como música ou cenário, ela mesma poderia se sustentar.
O compositor John Cage foi seu parceiro criativo desde 1944 – a colaboração acabou apenas com a morte do músico, no início dos anos 1990. A colaboração de suas obras não se limitou à música. Cunningham também aventurou parcerias de dança com as artes plásticas e trabalhou até mesmo com Andy Warhol no espetáculo “Rainforest”, de 1968.
No site de sua fundação, uma frase mostra a paixão do coreógrafo pela dança. “Você tem que amar dança para fazê-la. Não te dá nada em troca, não tem manuscritos para guardar, nenhuma pintura para mostrar nas paredes ou pendurar nos museus, nenhum poema para ser impresso e vendido, nada além de um rápido momento em que você se sente vivo. Não é para almas hesitantes”. (Por Ive Andrade)

Até o dia 5 de agosto, o Sesc de Joinville recebe inscrições de companhias que desejam ocupar seu novo palco, entre os meses de outubro e dezembro de 2009. O espaço, localizado no bairro América, promete ser o novo ponto de encontro de dança, do teatro e da música na cidade. Os projetos apresentados para a Comissão de Pauta devem conter apresentação, justificativa, objetivos, breve histórico do grupo e sinopse do espetáculo. Os critérios de seleções incluem qualidade, consistência e contribuição para o desenvolvimento artístico e estético. O funcionamento do teatro será de terça-feira a domingo. Mais informações em www.sesc-sc.com.br/unidades/?c=joinville

O dramaturgo, professor e crítico teatral português Jorge Louraço Figueira, docente da Escola Superior Artística do Porto e do Balleteatro Escola Profissional, na cidade do Porto (Portugal), realiza, no Complexo Cultural Funarte SP, a oficina Dramaturgia do Cotidiano, em dois níveis. O curso é gratuito e as inscrições podem ser feitas pelo email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Os candidatos devem enviar carta de interesse, nome completo, telefone, e-mail de contato e currículo.
 O Nível 1 acontecerá de 3 a 8 de agosto – de segunda a sexta-feira, das 19h às 23h; e sábado, das 10 às 14h. É direcionado para dramaturgos, atores e estudantes de teatro. O programa inclui técnicas de observação, análise da estrutura ritual de situações de viagem (despedida, partida, passagem, check-in, alfândega, bagagem, etc) à escala individual e coletiva, além de uso dessa estrutura como modelo para a improvisação e escrita de cenas originais.
O Nível 2 acontecerá de 10 a 15 de agosto e explora a observação e análise da estrutura ritual  de situações de viagem (passagem, check-in, alfândega, bagagem etc), festa (maquilagem, bebida, etiqueta etc) e trote (humor, humilhação, traje, inscrições etc) à escala individual e coletiva, além do uso dessa estrutura como modelo para a improvisação e escrita de cenas originais.
Serão apresentados, também, elementos de literatura dramática, texto e espetáculo, gêneros e subgêneros, os vários trabalhos de escrita teatral/exercícios, o texto e o espetáculo como sistemas de significação, a transformação das ideias em ação dramática, fontes da ficção/exercícios, estrutura e enredo, condução da reação do público, atos, quadros, cenas e unidades/rascunhos, assim como personagens e arquétipos.
Mais Informações na Funarte SP, na Alameda Nothmann, 1058, Campos Elíseos. Tel.: (11) 3662-5177

O corpo do ator, diretor, adaptador e tradutor de obras literárias e crítico de arte Sérgio Viotti, morto aos 82 anos, no último dia 26 de julho, vítima de parada cardiorrespiratória, foi cremado na manhã do dia 27, por volta das 10h30, no Cemitério da Vila Alpina, Zona Leste de São Paulo. Viotti estava internado no Hospital Samaritano desde o dia 19 de abril, quando sofreu parada cardíaca durante a festa de casamento do filho da escritora Maria Adelaide Amaral.
No teatro, Sérgio Viotti estreou profissionalmente como diretor em 1959, na peça “Viagem a Três”, de Jean de Lètraz, convidado por Antunes Filho. Como ator, seu primeiro trabalho profissional foi em “O Contato”, de Jack Gelber, em 1961. Pela sua atuação na montagem, Viotti foi premiado na categoria ator revelação pela ABCT (Associação Brasileira de Críticos Teatrais). (Por Daniel Pinton)

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