Famoso pelos horários alternativos e suas comédias, o Teatro Lala Schneider comemora 15 anos de fundação e homenageia a estrela que dá nome ao espaço. O espetáculo “Risos e Lágrimas” conta a trajetória de sucesso da atriz Lala Schneider, com direção de João Luiz Fiani e interpretação da Cia Máscaras de Teatro. A atriz, que faleceu em 2007, aos 80 anos de idade, é considerada um dos maiores nomes do teatro paranaense, com diversos trabalhos no teatro, na televisão e no cinema.

Já está em execução a reforma de um novo – e, talvez, mais preparado – espaço para espetáculos no Mato Grosso. O Teatro Municipal de Alta Floresta chamou o cenógrafo carioca José Dias, mestre e doutor pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (USP), para analisar a estrutura do local e apresentar sugestões para equipá-lo. A ideia da prefeitura é adequar o espaço para as grandes produções e, assim, levar espetáculos nacionais e internacionais para a região.


A Cidade do Circo dos Dias Iguais é uma fábula sobre a busca pela perfeição. Conta a história de João, um nordestino que decide tentar a vida no Sudeste, mas ao retornar, desiludido, à terra natal, se perde e encontra um velho profeta, que o apresenta a uma cidade mágica, na qual os dias se repetem. A peça é de autoria de Tarcízio Dalpra Jr., 29 anos, jornalista e publicitário em Juiz de Fora (MG) e diretor, ator e dramaturgo da Cia Teatral Putz!. Ele foi um dos agraciados pelo Prêmio Carlos Carvalho – Concurso Nacional de Dramaturgia, entregue dia 24 de julho, no Teatro Renascença, em Porto Alegre. O paulista Marcos Vigani, 28 anos, tirou o segundo lugar por Almas de Vidro, espetáculo dividido em pequenos monólogos e que conta a história de sobreviventes da Segunda Guerra Mundial. O carioca de Rio Bonito, Odir Ramos da Costa, de 73 anos, e autor de muitas peças premiadas, conquistou o terceiro lugar com o texto Palavras no Chumbo Derretido, no qual aborda a escolha entre o uso da ética ou da antiética a partir de um operário aposentado, linotipista por ofício, e uma bela jovem em ascensão no mundo empresarial. Os autores receberam prêmios em dinheiro, nos valores de R$ 8 mil, R$ 5 mil e R$ 3 mil.

Considerado o homem responsável por revolucionar a dança contemporânea, o norte-americano Merce Cunningham morreu, aos 90 anos, na madrugada do último dia 26. Segundo comunicado divulgado conjuntamente pela Cunningham Dance Foundation e pela Cunningham Dance Company, a morte do coreógrafo aconteceu dentro de sua casa, por motivos de causa natural.
Criador de mais de 200 coreografias, Cunningham é reconhecido como o principal transformador da dança no século 20. Ele mudou a maneira como a dança era feita e, também, assistida. O dançarino passou a ser o centro da cena e a dança não era mais refém de outros artifícios como música ou cenário, ela mesma poderia se sustentar.
O compositor John Cage foi seu parceiro criativo desde 1944 – a colaboração acabou apenas com a morte do músico, no início dos anos 1990. A colaboração de suas obras não se limitou à música. Cunningham também aventurou parcerias de dança com as artes plásticas e trabalhou até mesmo com Andy Warhol no espetáculo “Rainforest”, de 1968.
No site de sua fundação, uma frase mostra a paixão do coreógrafo pela dança. “Você tem que amar dança para fazê-la. Não te dá nada em troca, não tem manuscritos para guardar, nenhuma pintura para mostrar nas paredes ou pendurar nos museus, nenhum poema para ser impresso e vendido, nada além de um rápido momento em que você se sente vivo. Não é para almas hesitantes”. (Por Ive Andrade)

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