A Caixa Cultural Brasília, em parceira com a Embaixada da França e com a Fundação Le Corbusier, inaugura a aguardada exposição "Le Corbusier, entre dois mundos", com obras produzidas por um dos mais importantes arquitetos do século XX. A mostra ocupa a Galeria Principal entre 17 de junho e 19 de julho. Com a produção do Grupo AG de Brasília e curadoria do arquiteto francês Jacques Sbriglio, a exposição "Le Corbusier, entre dois mundos" apresenta pela primeira vez no Brasil cerca de 120 obras originais produzidas por Charles-Edouard Jeanneret (ou Le Corbusier, como se tornou mais conhecido) em seus últimos 20 anos de vida (1945-1965). São projetos de arquitetura, desenhos, pinturas, colagens, litografias, esculturas, tapeçarias, maquetes, livros e fotografias, pertencentes à fundação que leva seu nome.
A escolha do período não foi casual. Entre 1945 e 1965, Le Corbusier produziu o que convém se chamar hoje de "obra da maturidade". Foi a partir do fim da Segunda Guerra Mundial que sua produção sofreu significativo impacto com as grandes encomendas públicas e sua consequente consagração em nível internacional. Para Jacques Sbriglio, há uma nítida diferença entre o Le Corbusier pré-guerra e o artista do pós-guerra: "Se os anos antes da guerra, principalmente as décadas de 1930/40, confirmam um Le Corbusier teórico, de notoriedade internacional incontestável, os anos do pós-guerra correspondem à revelação de um grande criador. É durante o último período de sua carreira que Le Corbusier criará suas obras-primas mais relevantes: a unidade habitacional de Marselha, a capela de Ronchamp, o convento de Tourette, os edifícios do Capitólio em Chandigarh na Índia".